Com equipe médica de altíssimo nível, cirurgia cardíaca e hemodinâmica, o Hospital Vaz Monteiro é hoje uma referência regional e estadual em cardiologia de ponta
Cirurgias cardíacas abertas
Regularmente, a equipe de cardiologia coordenada pelo cardiologista Marcos Cherem, composta pelo profissionais João Marcos de Oliveira, Leandro Boueri Ticle, Marcos Saraiva, Dirceu Dias Barbosa Sobrinho, Ernesto Lippi Neto, Antônio Alceu dos Santos, Heitor Henrique Silva Júnior, realiza diferentes procedimentos complexos que demandam intervenção aberta, tanto para tratamento de doenças das coronárias quanto de válvulas cardíacas. Felizmente todos os pacientes têm evoluído satisfatoriamente, recebendo alta em média 5 dias após os procedimentos.
De acordo com o cardiologista Antônio Alceu, a parceria com profissionais renomados tem reflexos diretos na excelência dos procedimentos realizados. “Temos uma parceria produtiva com a equipe de cirurgia cardíaca do cirurgião Cláudio Léo Gelape, que é o responsável pelos procedimentos de cirurgia cardíaca aberta no hospital. Além do Hospital das Clínicas da UFMG e Hospital Felício Rocho, onde atua cotidianamente, o único hospital fora da capital onde ele opera é o Vaz Monteiro, pois sabe que aqui pode contar com organização, estrutura, material humano e tecnologia adequadas para que os resultados sejam os que todos esperamos: a recuperação e reintegração das pessoas às suas vidas com mais saúde”, destaca Antônio Alceu.
Para que esse sucesso se mantenha, o Hospital investe regularmente em novas tecnologias e materiais, pois o gerenciamento estrutural e o apoio constante da diretoria, encabeçada pelo presidente Frederico Faúla de Souza e pela coordenadora administrativa Jaqueline Fráguas, oferecem as condições primordiais para que a equipe médica cardiológica faça aquilo que se pretende: dar acesso a diagnóstico e tratamento de ponta para aqueles que necessitam.
As UTIs da instituição, tanto para Adultos (coordenada pelo intensivista Rubens Altair Amaral) quanto a Neonatal e Pediátrica (coordenada pelo pediatra Cristiano Carvalho Soares), dão total suporte para os casos graves. Igualmente, profissionais de anestesiologia altamente capacitados (Ricardo Gama de Oliveira, Márcio Sérgio Carvalho Silva, Leonardo Alkmim Bizzotto, Victor Gonçalves Bahia Júnior e Ludmilla Carvalho), permitem aos cardiologistas realizar as mais complexas intervenções com serenidade e segurança.
Arritmias Cardíacas: Eletrofisiologia e Ablações
Já há alguns anos, o Vaz Monteiro é o único hospital da microrregião que realiza regularmente diagnósticos e tratamentos em arritmias cardíacas complexas (taquicardias atriais, taquicardias ventriculares, Wolff Parkinson White, fibrilação atrial, doença do nó sinusal, bloqueios atrioventriculares, entre outros), casos nos quais o coração não consegue manter um ritmo normal, seja por aceleração excessiva ou lentidão exagerada dos batimentos, numa atuação conjunta da equipe de cardiologia com os arritmologistas Eduardo Rocha Barouche e Leonardo Figueiredo de Abreu.
Para implantes de marcapassos e cardiodesfibriladores, o cirurgião Leandro Furtado Silva tem grande experiência e expertise. Não à toa, recentemente o Vaz Monteiro tornou-se o único da região a realizar implantes de marcapassos bicamerais Hissianos, que, diferentemente dos aparelhos tradicionais, respeita a fisiologia de transmissão elétrica do coração e permite o funcionamento mais eficiente, “mantendo uma contração globalmente preservada a cada batimento cardíaco”, como explica João Marcos de Oliveira. Esse tipo de marcapasso é implantado no Vaz Monteiro pelo arritmologista Ricardo Ferreira Silva.
Além disso, o Vaz Monteiro continua tendo exclusividade regional na realização de ablações de fibrilação atrial, arritmia comum que é responsável por uma imensa quantidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC ou Derrame Cerebral). “Isso acontece porque as pessoas com Fibrilação Atrial são cinco a sete vezes mais propensas a formar coágulos de sangue no interior do coração, que se deslocam através da aorta e posteriormente pelas artérias do pescoço e cérebro, causando uma obstrução do fluxo sanguíneo ao cérebro”, explica o cardiologista Marcos Cherem.
Doenças das Coronárias: Cateterismos e Angioplastias
O Vaz Monteiro é o único hospital de Lavras e da microrregião que mantém uma equipe preparada para procedimentos de cateterismo e angioplastias 24 horas por dia, todos os dias da semana, exceto em raros períodos de manutenção técnica ou ausência por motivos pessoais ou profissionais dos hemodinamicistas. Mais de 10 mil procedimentos já foram realizados, entre convênios e pacientes do SUS, desde que se iniciou o funcionamento do serviço em 2009. Para Dirceu Dias Barbosa Sobrinho, responsável pela Divisão de Hemodinâmica “infarto não tem dia, não tem hora. Por isso o serviço tem de estar sempre pronto para atender e tentar evitar o óbito ou sequelas aos pacientes acometidos por essa grave patologia”.
Cardiopatias Congênitas: Tratamento minimamente invasivo
Há mais de 12 anos o Vaz Monteiro atua firmemente no diagnóstico e tratamento de cardiopatias congênitas como CIA (comunicação interatrial), Canal Arterial persistente, CIV (comunicação interventricular), Coarctação de Aorta, entre outras.
Nesses casos o paciente é internado pela manhã e geralmente sai no mesmo dia do hospital, retomando suas atividades normais em poucos dias, já que não se trata de cirurgia aberta, mas feita por via percutânea, ou seja, através de um acesso por veia ou artéria, não havendo sequer pontos de sutura. “O nosso serviço tem uma das maiores experiências nesses casos em Minas Gerais, com mais de 200 pacientes já tratados percutaneamente com sucesso”, destaca Marcos Cherem.
Implante Percutâneo de Próteses Valvares (TAVI e Valve in Valve)
O Vaz Monteiro é o único hospital da região a realizar regularmente a correção de doenças de valvas cardíacas – notadamente estenose de válvula aórtica ou degeneração de próteses previamente implantadas em válvula mitral – sem necessidade de abertura da caixa torácica, através da TAVI (implante de válvula aórtica transcateter) e da Valve in Valve (implante de válvula em bioprótese já degenerada).
“Já realizamos diferentes casos de estenose aórtica e reparo de bioprótese de valva mitral por via percutânea, com sucesso absoluto até o momento, sendo que os pacientes ficam internados menos de 24 horas”, relata Marcos Cherem.
Esses procedimentos são feitos através de parcerias de longa data com os hemodinamicistas Jamil Abdalla Saad e Ari Mandil, que atendem habitualmente no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte e também atuam no Vaz Monteiro desde 2009.
Caso inédito em Minas Gerais
Esse ano o Vaz Monteiro realizou um procedimento inédito em Minas Gerais pela sua complexidade: um paciente de 87 anos com problemas de Hipertensão Arterial, Arritmia, Anemia crônica e doença hepática sofreu um Acidente Vascular Cerebral. Após tratado e recuperado, ele não tinha condições clínicas de tomar anticoagulante pelos riscos de sangramento.
Assim foi realizado ao mesmo tempo o fechamento de foramen oval localizado em um aneurisma de septo e também a oclusão do apêndice atrial esquerdo (lesões responsáveis pela formação de coágulos e aumento do risco de AVC), sendo a primeira vez no estado em que os dois procedimentos foram realizados em um mesmo paciente através da punção de veias e artérias, sem necessidade de abertura da caixa torácica.
Participaram da intervenção percutânea os cardiologistas Marcos Cherem, Ênio Guerios, Carlos Eduardo Bernini, Dirceu Barbosa Dias Sobrinho, Leandro Boueri Ticle.
Credenciamento SUS: um objetivo
“É uma grande alegria poder resolver aqui em Lavras problemas cardíacos complexos, sem que os pacientes e suas famílias tenham de se deslocar para grandes centros. Já solicitamos repetidas vezes e esperamos em algum momento conseguir o credenciamento junto ao SUS para que possamos atender a todos que necessitam desse tipo de atendimento na nossa região”, enfatiza o médico Marcos Cherem.
HVM/Dez/2021