O Departamento de Cardiologia do Hospital Vaz Monteiro, em constante
atividade, vem oferecendo a Lavras e região avanços em diagnóstico e
terapêutica cardiovascular de maneira ímpar para uma instituição do interior
de Minas Gerais.
Reinaugurado há menos de dois meses, após uma pausa para renovação
dos equipamentos, com instalação de um dos mais modernos equipamentos
disponíveis no país, a Divisão de Hemodinâmica do hospital retomou as
atividades com força total, tendo realizado apenas nessas poucas semanas
aproximadamente 200 procedimentos diagnósticos e terapêuticos, tanto em
caráter eletivo como de urgência ou emergência.
Para o Dr. Dirceu Dias Barbosa Sobrinho, “o fato de que o serviço do Vaz
Monteiro é o único da cidade que funciona todos os dias, com raras
interrupções, traz enorme segurança aos médicos e seus pacientes de uma
cobertura tanto para procedimentos programados como emergenciais”.
Na última semana o Vaz Monteiro foi mais um vez local de inovações
terapêuticas para diversos pacientes, tendo sido realizados cateterismos,
angioplastias de coronárias com implantes de stents, estudos
eletrofisiológicos com ablação de arritmias cardíacas complexas, correção
de aneurisma de aorta abdominal, implantes de marcapasso fisiológico e de
Cardiodesfibriladores (CDI), além da implantação de Mitraclip (equipamento
para tratamento de insuficiência grave da válvula mitral).
“O Mitraclip geração IV é uma prótese desenvolvida para tratar a
insuficiência mitral grave em pacientes com alto risco para as cirurgias
tradicionais, que demandam abertura do tórax. Com o Mitraclip o reparo da
válvula é feito através do acesso por uma veia, com menor tempo e bem
menos complicações, o que é importante especialmente no caso de idosos
ou pessoas com múltiplas patologias”, explicou o Dr. Marcos Cherem.
Já a modulação cardíaca é uma terapêutica inovadora para os casos de
insuficiência cardíaca, quando o coração perde boa parte da capacidade de
bombeamento sanguíneo, ocasionando sintomas como cansaço, palpitações,
tonteiras, inchaço nas pernas, entre outros. Apenas instituições com alta
capacidade técnica e humana são capazes de realizar esse procedimento. O
feito no Vaz Monteiro foi o primeiro em Minas Gerais.
“Com a implantação de um modulador, a principal câmara do coração, o
ventrículo esquerdo, que não consegue realizar de maneira adequada suas
funções, passa a ter um estímulo eletrônico, controlado, para que consiga
melhorar de maneira progressiva e continuada sua performance,
proporcionando ganho significativo da qualidade de vida e redução das
complicações nesses casos”, afirmou o Dr. Marcos Cherem.
Os procedimentos foram feitos sob sedação ou com anestesia geral e os
pacientes receberam alta no mesmo dia ou no máximo 24 horas após.
Participaram dessas cirurgias minimamente invasivas os cardiologistas
Marcos Cherem, Ricardo Ferreira da Silva, Heitor Henrique da Silva Júnior,
os hemodinamicistas Dirceu Dias Barbosa Sobrinho e Luiz Antônio Carvalho,
o ecocardiografista João Carlos Tress, o cirurgião cardíaco Frederico Moreira
Cardoso Ayres, os anestesistas Ricardo Gama de Oliveira e Márcio Sérgio
Carvalho Silva.
“Temos como objetivo conseguir o credenciamento pleno pelo SUS para
ampliar o atendimento a todos os segmentos da nossa população, mas isso
depende das diferentes instâncias de governo”, complementou o Dr. Ricardo
Gama de Oliveira.